sexta-feira, 19 de julho de 2013






                                             O QUE É ESPIRITUALIDADE?


         
Espiritualidade não é uma religião, não é uma doutrina, não é o sacerdócio, não é uma crença e nem uma opinião.
Espiritualidade é um modo de vida, é um estado de espírito, é uma abertura mental, é uma aspiração à transcendência.
Espiritualidade é sentir arder uma chama interior que ilumina nosso caminho no caos e nas trevas que vivemos no mundo.
Espiritualidade é a confiança expressa nas palavras “Ainda que eu ande pelo vale da sombra e da morte, nada temerei.”
Espiritualidade é entender que somos como crianças tomando uma vacina, que machuca muito na hora, negamos, gritamos e esperneamos, mas que depois imuniza nosso espírito.

Espiritualidade é ir além, é a consciência de que a vida não se encerra na morte, de que é preciso haver continuidade dentro da descontinuidade. De que tudo que começa, termina; tudo que nasce, morre; tudo que vai, volta. De que para cada problema há uma solução, para cada lágrima derramada há sempre um consolo e para cada perda há sempre um ganho.
Espiritualidade é reconhecer um propósito em todas as coisas, e recusar a existência da sorte, do azar e do acaso. É ter paciência e confiar que, um dia, o significado de tudo será desvendado.
Espiritualidade é dar de si mesmo, é renunciar ao pequeno para obter algo maior, é abdicar de nossas pequenas posses para ganhar tudo o que sempre nos pertenceu. É fazer das florestas do mundo nosso jardim, é fazer do céu o nosso teto, é fazer dos mares e rios a nossa piscina, é fazer da Terra a nossa casa. É cuidar do tudo, de cada ser e coisa, e não apenas de nossos escassos bens terrenos.

Espiritualidade é ver por dentro, é não se deixar levar pelas aparências, é reconhecer o essencial em cada mínimo aspecto da vida, é satisfazer-se com pouco para obter muito, é rasgar o véu da ilusão e desejar entender o mistério da vida.
Espiritualidade é pedir pouco e agradecer muito. É dar muito e nada pedir em troca. É fazer sem esperar retribuições. É perdoar, é arrepender-se, é refazer, é renovar, é reaprender a ver o mundo e a si mesmo.

Espiritualidade é fazer do seu professor o lírio do campo, as árvores ao vento, a tempestade nebulosa, o orvalho numa flor, a borboleta esvoaçando, o rio fluindo, os pássaros cantando. É aprender com a mais insignificante criatura.

Espiritualidade é deixar o humano morrer para o divino nascer. É trazer o céu para a Terra. É viver na Terra o céu que desejamos após a morte. É debruçar-se no inferno resgatando as almas perdidas e errantes. É ser uma luz no meio da escuridão.

Espiritualidade é dormir quando se tem sono, é comer quando se tem fome, é olhar a montanha e ver a montanha, é molhar as mãos no rio e sentir o frescor das águas, é ver aquilo que está ali, é não intelectualizar tudo, é sentir a essência das coisas e mergulhar na essência da vida.
Espiritualidade é estender a mão aos que sofrem, é dar conforto aos que choram, é dar abrigo aos sem teto, é dar conselhos aqueles que se perderam, é esclarecer aqueles que têm dúvidas, é dar de si mesmo em prol de todos, é fazer o bem pelo bem, é morrer pela verdade para renascer na plenitude.

Espiritualidade é dispensar as palavras e os discursos fúteis e navegar nas paragens do silêncio interior. É aprender a ouvir a vida, a ouvir a si mesmo, a diminuir a corrente dos pensamentos, é tranquilizar o turbilhão das emoções, é fazer circular as energias, é deixar tudo fluir.
Espiritualidade é viver na simplicidade, naturalidade e na espontaneidade. É libertar-se de tudo o que é passageiro, perecível, transitório. É mergulhar na vida sem medo, sem travas, sem amarras, sem correntes, sem bloqueios. É viver, e apenas viver, sentindo a vida como ela é. É não precisar de nada, não depender de coisa alguma, não se deixar influenciar pelas marés agitadas da confusão.
Espiritualidade é libertação, é humildade, é fé, é amor e é esperança.

Autor: Hugo Lapa

quarta-feira, 10 de julho de 2013


HINO DA UMBANDA

Refletiu a luz divina 
com todo seu esplendor 
é do reino de Oxalá 
Onde há paz e amor 
Luz que refletiu na terra 
Luz que refletiu no mar 
Luz que veio de Aruanda 
Para todos iluminar 
A Umbanda é paz e amor 
É um mundo cheio de luz 
É a força que nos dá vida 
e a grandeza nos conduz. 
Avante, filhos de fé, 
Como a nossa lei não há, 
Levando ao mundo inteiro 
A Bandeira de Oxalá! 
Levando ao mundo inteiro 
A Bandeira de Oxalá!


São João Batista - Dia 24 de Junho



Dia 24 de junho - São João Batista (séc. I a.c. - séc. I d.c.)

     O filho de Isabel e Zacarias era primo de Jesus e a ele coube a missão de anunciar a chegada do Messias.  O primeiro encontro com Jesus aconteceu ainda quando Isabel estava grávida e Maria foi visitá-la.  Logo que a Virgem saudou a prima, João estremeceu em seu ventre, denotando um gesto de reconhecimento de estar diante do Senhor. 
       João era um homem austero, que vivia no deserto, vestia peles de camelo e alimentava-se de gafanhotos e mel.  Homem de profunda oração, pregava o batismo para a remissão dos pecados e, assim, nas águas do Rio Jordão, batizava seus seguidores aos quais conclamava à conversão. 
     O segundo encontro de Jesus ocorreu justamente quando o Messias procurou o primo para Ele próprio ser batizado.  O gesto de humildade do Senhor marcou o início de sua vida pública. 
     João, porém, pela veemência de sua pregação incomodava os poderosos, sobretudo a corte do rei Herodes à qual o Batista denunciava por suas injustiças e devassidões. Herodes havia se casado com Herodíades, que era mulher do seu irmão e a quem João denunciava por haver abandonado o marido para unir-se ao cunhado. Durante um banquete, Herodíades mandou que sua filha Salomé, que era belíssima, dançasse para o rei.  Este, extasiado com a beleza da moça, ofereceu a ela um presente, o qual ela própria poderia escolher.  Tendo consultado a mãe, a moça pediu-lhe a cabeça de João Batista em uma bandeja.  O rei, que havia dado a sua palavra, não teve outra escolha senão atender-lhe o pedido.  E, assim, calou-se a "voz que clamava no deserto".

     A festa de São João é, além do Natal, a única celebração da natividade de um santo. Todas as demais festas são marcadas pela data da morte do santo, considerada a data que este entrou para a glória de Deus.  João, por sua importância na história do Messias, recebeu da Igreja a homenagem de ter seu nascimento também comemorado, tal qual Jesus Cristo.  Seu martírio é celebrado em 29 de agosto.

Oração a São João Batista

      Glorioso São João Batista, que fostes santificado no seio materno, ao ouvir vossa mãe a saudação de Maria Santíssima, e canonizado ainda em vida pelo mesmo Jesus Cristo que declarou solenemente não haver entre os nascidos de mulheres nenhum maior que vós; por intercessão da Virgem e pelos infinitos merecimentos de seu divino Filho, de quem fostes precursor, anunciando-o como Mestre e apontando-o como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, alcançai-nos a graça de darmos também nós testemunho da verdade e selá-lo até, se preciso for, com o próprio sangue, como o fizestes vós, degolado iniqüamente por ordem de um rei cruel e sensual, cujos desmandos e caprichos havíeis justamente denunciado.
   Abençoai todos os que vos invocam e fazei que aqui floresçam todas as virtudes que praticastes em vida, para que, verdadeiramente animados do vosso espírito, no estado em que Deus nos colocou, possamos um dia gozar convosco da bem-aventurança eterna. Amém.