A música do Hino foi composta por Dalmo da Trindade Reis que era Maestro Tenente do Conjunto Musical da Policia Militar do Rio de Janeiro. Já a letra foi escrita por José Manoel Alves, nascido em 05 de Agosto de 1907 em Portugal. Com pouco mais de 20 anos, em 1929, veio para o Brasil, instalando-se em São Paulo, onde ingressou na Banda da Força Pública, ocupando vários postos e aposentando- se como capitão. Em paralelo a esta função exerceu a carreira de compositor de Músicas Populares compondo dezenas de músicas e hinos que foram gravadas por famosos intérpretes da época. Inclusive compôs o hino para o Primado de Umbanda de São Paulo. No entanto, era cego e no início da década de 60, em busca de sua cura foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Embora não tenha conseguido sua cura porque, segundo consta, sua cegueira era de origem kármica, José Manuel ficou apaixonado pela religião e, ainda em 1960, fez o Hino da Umbanda para mostrar que esta Luz Divina que vem do Reino de Oxalá, não é para ser vista com os olhos físicos, mas sim com olhos do espírito, no encontro da mente com o coração. Apresentou a letra ao Caboclo, o qual tanto a apreciou, que resolveu nomeá-la como Hino da Umbanda. Em 28 de junho de 1961, durante o Segundo Congresso Brasileiro de Umbanda presidido por Henrique Landi Júnior, onde compareceram cerca de quatro mil médiuns uniformizados, além de grande público assistente, o Hino da Umbanda foi oficialmente adotado em todo o Brasil como o Hino Oficial da Umbanda.
domingo, 23 de março de 2014
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
15 de Novembro como Dia Nacional da Umbanda
O porque do 15 de Novembro como Dia Nacional da Umbanda
Publicado por Pedro Kritski em "Umbanda brasileira", 15 de Novembro, Dia comemorativo, Doutrina, História, José Fonseca, Umbanda Branca e Demanda, Vertentes
Segue um texto muito pertinente com o mês corrente extraído de ”A Umbanda Brasileira”, livro de José Fonseca publicado em 1978 , depois de passar pelo Jornal ” Gira de Umbanda” em 1976. É uma carta de esclarecimento do C.O.N.D.U. sobre a escolha do 15 de Novembro como dia nacional da Umbanda, bem como o seu significado para a religião e o movimento umbandista.
O Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda foi criado em 12 de Setembro de 1971 sendo o primeiro órgão umbandista de caráter nacional, que conseguiu agregar em sua reunião de 1976 , 25 federações de Umbanda de todo o país, totalizando mais de 40.000 terreiros e tendas representadas no evento, que teve entre as suas pautas, a escolha do dia nacional da Umbanda.
É interessante observar no texto o desconhecimento existente na década de 70 de grande parte do movimento umbandista da história ocorrida em 1908 – bem como do próprio rito original, cujo estudo e análise ainda hoje é renegado pela grande maioria dos umbandistas – os motivos da escolha do 15 de novembro pelo próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas para a sua manifestação e a anunciação da nova religião, as considerações feitas sobre o 13 de maio, como sendo a data mais apropriada para representar a Umbanda, o que representa a existência de uma grande associação na época, da origem da Umbanda, o seu surgimento, com as religiões e a cultura afro-brasileira. Posição ainda sustentada por grande parte das vertentes africanistas de Umbanda, que relutam em reconhecer fatos históricos; a Umbanda como religião puramente brasileira, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, Zélio e o Caboclo das Sete Encruzilhadas como os fundadores e precursores da Umbanda.
Acredito que é um texto de certa importância e riqueza para os umbandistas;
Boa leitura!
Pedro Kritski.
Porque Milhões de brasileiros escolheram 15 de Novembro como o DIA NACIONAL DA UMBANDA
O CONSELHO NACIONAL DELIBERATIVO DA UMBANDA-C.O.N.D.U. – por intermédio de sua representante no Estado do Amazonas, a Cruzada Federativa Espírita de Umbanda, tomou conhecimento do comentário da sessão “Umbanda – Quimbanda” do jornal “ A Notícia”, de Manaus, em 11 do corrente mês, sob o título “Escolha Justa”, no qual se lê que “ a suposta escolha de 15 de novembro para ser considerado o Dia da Umbanda, sugerida num encontro umbandista, no Rio de Janeiro, vinha decepcionando”… e que “a data diz respeito à Proclamação da República, nada tendo a ver com a Umbanda, o que significa que foi sugerida por profanos, por quem desejava apenas homenagear um centro”… ”Os umbandistas amazonenses disseram que o 13 de Maio, data da libertação dos escravos é realmente a mais indicada”.
O C.O.N.D.U. esclarece que:
A data de 15 de Novembro foi proposta pelas entidades federativas do Rio de Janeiro, na I Convenção Anual deste Conselho, da qual participaram 25 federações, representando a maioria absoluta dos Estados; e que não opuseram qualquer objeção à escolha.
Entre as datas sugeridas – 13 de Maio, consagrada aos Pretos Velhos – e 22 de Novembro – dia de Araribóia – venceu por unanimidade 15 de Novembro. Nessa data, em 1908, manifestou-se pela primeira vez, numa sessão da Federação Espírita, em Niterói, uma entidade que
declarou trazer a missão de estabelecer um culto, no qual os espíritos de índios e de escravos poderiam desenvolver seu trabalho espiritual, organizado no plano astral do Brasil. Na época, esses espíritos aproximavam-se das reuniões espíritas, mas as suas mensagens eram recusadas, por serem eles considerados atrasados, tendo em vista a condição de humildade com que se identificavam.
A entidade, que se apresentou aos videntes como um mentor espiritual, deu o nome de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS.
A entidade, que se apresentou aos videntes como um mentor espiritual, deu o nome de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS.
No dia seguinte, verdadeira multidão compareceu à residência do médium – um jovem de 17 anos, Zélio Fernandino de Moraes, de tradicional família fluminense. A entidade manifestou-se e determinou as normas do novo culto, que teria o nome de UMBANDA, declarando fundado o primeiro templo de Umbanda, cuja prática seria exclusivamente a caridade espiritual, através de passes, desobsessões e curas de enfermos.
O templo, que tomou o nome de Tenda Nossa Senhora da Piedade, funciona ainda hoje, no centro do Rio de Janeiro (Rua D. Gerardo, 51) com uma filial ( Cabana de pai Antônio ) num sítio em Boca do Mato, Cachoeiras de Macacu, completando, em Novembro próximo, 69 anos de atividade.
Prosseguindo a sua missão, o Caboclo das 7 Encruzilhadas fundou mais 7 templos, cujos dirigentes foram escolhidos entre os grupos de médiuns preparados nas sessões doutrinárias que a entidade estabelecera, às quintas-feiras à noite, para esclarecimentos sobre a doutrina espírita, o Evangelho e as normas ritualísticas da Umbanda. Estas normas determinavam: médiuns uniformizados de branco, cânticos sem acompanhamento de atabaques nem palmas ritmadas; preceitos baseados apenas em água, amaci de ervas, flores e pemba, atendimento totalmente gratuito, não sendo admitido estabelecer nem aceitar retribuição financeira de espécie alguma. Os templos, organizados administrativamente, mantinham-se pelas contribuições dos associados.
Milhares de templos, em quase todos os Estados, descendem desse grupo inicial, conservando, em sua maioria, a pureza da doutrina e da ritualística. Formou-se assim a religião de Umbanda – denominada, de início, Lei de Umbanda, ou Linha Branca de Umbanda – cujos mentores são os Caboclos e os Pretos-Velhos.
Justifica-se, portanto, a escolha da data de 15 de Novembro, por não se prender apenas a uma das falanges principais da Umbanda e sim a ambas: Caboclos e Pretos Velhos.
A referência feita à Proclamação da República deve-se ao fato de ter sido ela determinante da igualdade religiosa estabelecida pela primeira vez na Constituição da República, em 1889, o Estado deixou de ter uma religião oficial, permitindo assim que todos os credos, inclusive a nossa doutrina, se difundissem livremente.
Justifica-se, portanto, a escolha da data de 15 de Novembro, por não se prender apenas a uma das falanges principais da Umbanda e sim a ambas: Caboclos e Pretos Velhos.
A referência feita à Proclamação da República deve-se ao fato de ter sido ela determinante da igualdade religiosa estabelecida pela primeira vez na Constituição da República, em 1889, o Estado deixou de ter uma religião oficial, permitindo assim que todos os credos, inclusive a nossa doutrina, se difundissem livremente.
(Jornal “Gira de Umbanda” 1976)
Obs: o texto acima se encontra nas páginas 7,8 e 9.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Salve as Crianças na Umbanda - Salve São Cosme e São Damião - Dia 27 de Setembro
Fonte: http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br/2013/09/salve-as-criancas-na-umbanda-salve-sao.html
No dia 27 de Setembro comemoramos o dia de São Cosme e São Damião. Esta data popularmente conhecida como o dia dos doces e muitas brincadeiras serve para muitos como uma forma de relembrar a alegria e de como é bom ser criança. Apresentaremos um pouco da história desses irmãos gêmeos e uma pequena oração para ser feita em devoção a eles.
São Cosme e Damião, os santos gêmeos, nasceram na Arábia, no século III, filhos de uma família nobre. Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia. Circunstancialmente entraram em contato com o Cristianismo, tornando-se fervorosos seguidores do cristianismo.
Confiando sempre no poder da oração e na confiança da providência divina usaram sua arte médica para curar os necessitados. Não cobravam por seus serviços médicos, e por esse motivo eram chamados de "anárgiros", ou seja, aqueles que "não são comprados por dinheiro". O seu objetivo principal era a conversão dos pagãos à fé cristã, o que bem faziam através da prática da medicina. Desta forma, conseguiram plantar em terra fértil a semente cristã em muitos corações, sendo numerosas as conversões.
Cosme e Damião viveram alguns anos como médicos e missionários na Ásia Menor. As atividades cristãs dos médicos gêmeos chamaram a atenção das autoridades locais da época, justamente quando o Imperador romano, Diocleciano, autoriza a perseguição aos cristãos, por volta do ano 300. Por pregarem o cristianismo em detrimento dos deuses pagãos, foram presos e levados a tribunal e acusados de se entregarem à prática de feitiçarias e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que realizavam. Ao serem questionados quanto as suas atividades, São Cosme e São Damião responderam:
"Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder".
Recusando-se adorar os deuses pagãos, apesar das ameaças de serem torturados, disseram ao governador que os seus deuses pagãos não tinham poder algum sobre eles, e que eles só adorariam o Deus Único, Criador do Céu e da Terra“!
Por não renunciarem aos princípios religiosos cristãos sofreram terríveis torturas; porém, elas foram inúteis contra os santos gêmeos, e, em 303, o Imperador decretou que fossem decapitados. Cosme e Damião foram martirizados no ano de 303, na Egéia. Seus restos mortais foram transportados para a cidade de Cira, na Síria, e depositados numa igreja a eles consagrada. No século VI uma parte das relíquias foi levada para Roma e depositada na igreja que adotou o nome dos santos. Outra parte dela foi guardada no altar-mor da igreja de São Miguel, em Munique, na Baviera. Os santos gêmeos são cultuados em toda a Europa, especialmente Itália, França, Espanha e Portugal. Em 1530, na cidade de Igaraçu, em Pernambuco, foi construída uma igreja em sua homenagem.
São Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência também são invocados como protetores das crianças.
Como acontece com tantos outros santos, a vida dos santos gêmeos está mergulhada em lendas misturadas à história real. Segundo algumas fontes eles eram árabes e viveram na Silícia, às margens do Mediterrâneo, por volta do ano 283. Praticavam a medicina e curavam pessoas e animais, sem nunca cobrar nada.
O culto aos dois irmãos é muito antigo, havendo registros sobre eles desde o século 5, que relatam a existência, em certas igrejas, de um óleo santo, que lhes levava o nome, que tinha o poder de curar doenças e dar filhos às mulheres estéreis.
Aqui no Brasil, a devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos orixás-meninos (Ibjis ou Erês) da tradição africana yoruba. São Cosme e São Damião, os santos mabaças ou gêmeos, são tão populares quanto Santo Antônio, São Jorge e São João. São amplamente festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde sua festa ganha a rua e adentra aos barracões de Candomblé e terreiros de Umbanda, no dia 27. No dia 27 as crianças saem às ruas para ganhar doces em nome dos santos.
Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé em relação às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.
As Crianças da Umbanda – (Erês) São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns da Umbanda. Na sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces. Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também têm funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás. As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums tais como: Joaninha, Cosme, Mariazinha, Zezinho, Damião, Pedrinho, Doum, Tupiaçuzinho, Julinho, Crispim, Luluzinha, Chiquinho, Crispiniano, Aninha, Juquinha.
Com Criança tudo pode acontecer. Quando incorporadas num médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. Os “meninos” são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc.
A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho. A entidade conhecida na Umbanda por “Erê” é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e o refrigerante (a famosa água de bolinhas) e trata a todos por Tio e Vô. Os Erês são, via de regra, responsáveis também pela limpeza espiritual do terreiro.
Segundo a lenda africana, os Orixás-Crianças são filhos de Iemanjá, a rainha das águas e de Oxalá, o pai de toda a Criação. São a alegria que contagia a Umbanda; são a pureza, a inocência e, por isso mesmo, os detentores da verdadeira magia, extremamente respeitados pelos Caboclos e pelos Pretos-Velhos.
As Crianças espirituais trabalham com nosso mental infantil, por isso, ao se consultar com um Guia Criança, liberte-se de qualquer amarra diária e entre de corpo, mente e alma nas Brincadeiras das Crianças... A Magia doce está no Ar... Ouça, Fale, Guarde e Coloque em Prática!!!
Oni Beijada! Salve as Crianças na Umbanda! Salve Cosme, Damião e Doum!!!
No dia 27 de Setembro comemoramos o dia de São Cosme e São Damião. Esta data popularmente conhecida como o dia dos doces e muitas brincadeiras serve para muitos como uma forma de relembrar a alegria e de como é bom ser criança. Apresentaremos um pouco da história desses irmãos gêmeos e uma pequena oração para ser feita em devoção a eles.
São Cosme e Damião, os santos gêmeos, nasceram na Arábia, no século III, filhos de uma família nobre. Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia. Circunstancialmente entraram em contato com o Cristianismo, tornando-se fervorosos seguidores do cristianismo.
Confiando sempre no poder da oração e na confiança da providência divina usaram sua arte médica para curar os necessitados. Não cobravam por seus serviços médicos, e por esse motivo eram chamados de "anárgiros", ou seja, aqueles que "não são comprados por dinheiro". O seu objetivo principal era a conversão dos pagãos à fé cristã, o que bem faziam através da prática da medicina. Desta forma, conseguiram plantar em terra fértil a semente cristã em muitos corações, sendo numerosas as conversões.
Cosme e Damião viveram alguns anos como médicos e missionários na Ásia Menor. As atividades cristãs dos médicos gêmeos chamaram a atenção das autoridades locais da época, justamente quando o Imperador romano, Diocleciano, autoriza a perseguição aos cristãos, por volta do ano 300. Por pregarem o cristianismo em detrimento dos deuses pagãos, foram presos e levados a tribunal e acusados de se entregarem à prática de feitiçarias e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que realizavam. Ao serem questionados quanto as suas atividades, São Cosme e São Damião responderam:
"Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder".
Recusando-se adorar os deuses pagãos, apesar das ameaças de serem torturados, disseram ao governador que os seus deuses pagãos não tinham poder algum sobre eles, e que eles só adorariam o Deus Único, Criador do Céu e da Terra“!
Por não renunciarem aos princípios religiosos cristãos sofreram terríveis torturas; porém, elas foram inúteis contra os santos gêmeos, e, em 303, o Imperador decretou que fossem decapitados. Cosme e Damião foram martirizados no ano de 303, na Egéia. Seus restos mortais foram transportados para a cidade de Cira, na Síria, e depositados numa igreja a eles consagrada. No século VI uma parte das relíquias foi levada para Roma e depositada na igreja que adotou o nome dos santos. Outra parte dela foi guardada no altar-mor da igreja de São Miguel, em Munique, na Baviera. Os santos gêmeos são cultuados em toda a Europa, especialmente Itália, França, Espanha e Portugal. Em 1530, na cidade de Igaraçu, em Pernambuco, foi construída uma igreja em sua homenagem.
São Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência também são invocados como protetores das crianças.
Como acontece com tantos outros santos, a vida dos santos gêmeos está mergulhada em lendas misturadas à história real. Segundo algumas fontes eles eram árabes e viveram na Silícia, às margens do Mediterrâneo, por volta do ano 283. Praticavam a medicina e curavam pessoas e animais, sem nunca cobrar nada.
O culto aos dois irmãos é muito antigo, havendo registros sobre eles desde o século 5, que relatam a existência, em certas igrejas, de um óleo santo, que lhes levava o nome, que tinha o poder de curar doenças e dar filhos às mulheres estéreis.
Aqui no Brasil, a devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos orixás-meninos (Ibjis ou Erês) da tradição africana yoruba. São Cosme e São Damião, os santos mabaças ou gêmeos, são tão populares quanto Santo Antônio, São Jorge e São João. São amplamente festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde sua festa ganha a rua e adentra aos barracões de Candomblé e terreiros de Umbanda, no dia 27. No dia 27 as crianças saem às ruas para ganhar doces em nome dos santos.
Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé em relação às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.
As Crianças da Umbanda – (Erês) São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns da Umbanda. Na sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces. Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também têm funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás. As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums tais como: Joaninha, Cosme, Mariazinha, Zezinho, Damião, Pedrinho, Doum, Tupiaçuzinho, Julinho, Crispim, Luluzinha, Chiquinho, Crispiniano, Aninha, Juquinha.
Com Criança tudo pode acontecer. Quando incorporadas num médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. Os “meninos” são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc.
A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho. A entidade conhecida na Umbanda por “Erê” é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e o refrigerante (a famosa água de bolinhas) e trata a todos por Tio e Vô. Os Erês são, via de regra, responsáveis também pela limpeza espiritual do terreiro.
Segundo a lenda africana, os Orixás-Crianças são filhos de Iemanjá, a rainha das águas e de Oxalá, o pai de toda a Criação. São a alegria que contagia a Umbanda; são a pureza, a inocência e, por isso mesmo, os detentores da verdadeira magia, extremamente respeitados pelos Caboclos e pelos Pretos-Velhos.
As Crianças espirituais trabalham com nosso mental infantil, por isso, ao se consultar com um Guia Criança, liberte-se de qualquer amarra diária e entre de corpo, mente e alma nas Brincadeiras das Crianças... A Magia doce está no Ar... Ouça, Fale, Guarde e Coloque em Prática!!!
Oni Beijada! Salve as Crianças na Umbanda! Salve Cosme, Damião e Doum!!!
VIDEO DA HISTÓRIA DE COSME E DAMIÃO
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quinta-feira, 15 de agosto de 2013
DIA 15 DE AGOSTO - DIA DE IEMANJÁ
Oh! Iemanjá, Sereia do Mar. Canto doce, acalanto dos aflitos. Mãe do Mundo tenha piedade de nós. Benditas são as benções que vem do teu Reino. Meu coração e minha alma se abrem para receber as bênçãos de Iemanjá. Mãezinha querida, leve toda impureza, toda negatividade, todo feitiço, todo quebranto, toda magia ruim (peça para Iemanjá retirar tudo de mal) de minha aura para as profundezas do mar sagrado, de onde não terão mais poder sobre mim. Mãe que protege, que sustenta, que leva embora toda dor. Mãe dos Orixás, mãe que cuida e zela pelos seus filhos, e os filhos de seus filhos. Iemanjá, tua luz norteia meus pensamentos. Que tuas águas lavem minha cabeça, derramai sobre mim a vossa proteção, incutindo em meu coração o respeito e a veneração devida a força da natureza que simbolizas. Permiti que vossas falanges me protejam e amparem, assim o fazendo com toda a humanidade, nossa irmã.
Faça isso por nós, minha querida mãezinha.
Odoyá Iemanjá!
Faça isso por nós, minha querida mãezinha.
Odoyá Iemanjá!
sábado, 10 de agosto de 2013
Erros cometidos por Médiuns Umbandistas
Todos estamos propensos a cometer erros. Não é só de acertos e harmonia
que vivem os templos de Umbanda. E existem erros graves que são praticados por
alguns pais e filhos-de-santo. Esses erros tendem a gerar uma vibração
negativa, vindo a desestabilizar o foco de equilíbrio. São eles:
· Dar guarida a comentários maledicentes, ou a
mentiras, por ciúmes de alguns médiuns menos preparados em relação a médiuns
mais desenvolvidos.
· Uso indevido de determinados elementos e/ou uso de elementos estranhos ao ritual do culto.
· Exploração financeira contra filhos da casa e frequentadores. A Umbanda não cobra qualquer incentivo financeiro ou doação de qualquer material sobre seus trabalhos.
· Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa.
· Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa.
· Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da casa.
· Omissão de socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam auxílio.
· Ciúmes pelo tratamento dado pelo Sacerdote da casa a um ou outro filho.
· Uso indevido de determinados elementos e/ou uso de elementos estranhos ao ritual do culto.
· Exploração financeira contra filhos da casa e frequentadores. A Umbanda não cobra qualquer incentivo financeiro ou doação de qualquer material sobre seus trabalhos.
· Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa.
· Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa.
· Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da casa.
· Omissão de socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam auxílio.
· Ciúmes pelo tratamento dado pelo Sacerdote da casa a um ou outro filho.
Faz-se extremamente necessário o estudo e a aquisição de conhecimento
espiritual para atingir a própria evolução e, consequentemente, auxiliar as
entidades em sua evolução espiritual. O conhecimento é a base do bem viver, é a
estrutura de uma vida de sucessos. Atentem-se, senhores médiuns, que o
conhecimento nunca será em demasia e é a única coisa que fará parte de cada um.
As casas que possuem médiuns com alto grau de conhecimento espiritual
outro erro cometido por médiuns iniciantes ou por médiuns vaidosos, que
querem mostrar que já recebem todas as entidades, é o fato de escutar
determinado ponto e já receberem uma entidade. Tem médium que já trabalhou com
determinada entidade, esta já subiu, mas ao ouvir um ponto de sua linha, baixa
a entidade novamente, parecendo um elevador – sobe e desce. Cuidado, senhores
médiuns! Isto não é ser médium de primeira, e sim, médium despreparado. A
entidade evoluída sabe quando deve vir. Se a gira é de preto-velho, o médium
não irá receber outra entidade, a não ser que um preto-velho chame, por algum
motivo. Pretos-velhos trabalham no auxílio dos consulentes puxando muitos
pontos, mas não é porque puxam determinado ponto, que o médium da corrente tem
que receber o “santo”
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
O
médium
É a pessoa que tem a capacidade
de se comunicar com os espíritos desencarnados ou guias espirituais através da
incorporação, da vidência ou da psicografia.
Para chegar a esse ponto devemos
se preparar através do estudo, desenvolver a mediunidade, respeitar a elevação
moral e espiritual, tiver a aprendizagem e a prática da Umbanda.
Nossos médiuns devem ter sempre o
compromisso e encarar sempre como uma oportunidade valiosa para praticar o bem
e a caridade, mas infelizmente nossos médiuns acabam desrespeitando o seu
verdadeiro papel que lhe foi dado e acabam atraindo e trabalhando com as forças
negativas ou obsessores que vagam pelo mundo espiritual.
Então, os nossos médiuns devem
sempre levar a sério a sua missão, ter muito amor e dar valor ao que faz e ter
sempre a boa vontade nos seus trabalhos do terreiro. O médium deve sempre tomar
os banhos de descarrego de acordo com os seus guias ou orixás e também utilizar
sempre as vestes limpas para representar a simplicidade e a humildade.
Agora eu vou citar alguns
fundamentos ou regras da Umbanda que devem ser seguidos e respeitados dentro
dos terreiros pelos médiuns:
Ter a consciência da existência de Deus.
Obedecer todos os valores ensinados como a fraternidade, a caridade e o
respeito ao próximo.
Cultuar os orixás como uma força divina da
natureza.
Respeitar a incorporação dos Guias para exercer o
trabalho espiritual.
Crer na imortalidade da alma e na reencarnação
Ter uma regra ou conduta moral e espiritual para
dirigir os trabalhos do local (terreiro).
Crer e respeitar que o mediunismo é uma forma de
contato entre o mundo físico com o mundo espiritual.
Característica dos orixás
OXALÁ, é considerado o Pai de todos os orixás. É o
mais velho e o primeiro a ser criado. É responsável pela criação do mundo e dos
seres humanos. É o Orixá dos inhames novos e da agricultura, que traz as chuvas
e que fecunda os campos, Sua festa ligada ao início do ano agrícola costuma ser
em agosto e setembro, e inclui a renovação da água do templo e a lavagem dos
objetos de culto. Está associado à justiça e ao equilíbrio. É cultuado nas
seguintes formas: Oxalufã = Oxalá Velho e Oxaguiã = Oxalá Moço.
OBALUAIÊ, ( ou OMOLU, em sua forma velha). O deus das
pestes e das doenças de pele. Por ser o deus da peste conhece a cura de todos
os males. Veste-se de branco e preto e usa um capuz de palha-da-costa que
encobre todo o corpo. Dança com o Xarará. Seu dia é segunda-feira e sua
saudação é "Atotô !" Seus filhos, são pessoas que se preocupam demais
com os outros, esquecendo de seus próprios interesses. Podem até ter uma boa
situação financeira, porém não se apegam aos bens materiais. São inquietos e
não apreciam a monotonia.
OGUM, é o Orixá guerreiro. Deus do ferro e da guerra.
Seu domínio são as retas dos caminhos, as lutas e o trabalho. Veste-se de azul
escuro, verde ou vermelho. Traz sempre sua espada pronta para o ataque. Seu dia
é terça-feira e sua saudação é "Ogunhê !" Seus filhos, são pessoas
com um apurado senso de honra e incapazes de perdoar uma ofensa. São
fisicamente muito resistentes, curiosos por natureza, possuem muita capacidade
de concentração e perseguem seus objetivos com derterminação.
XANGÔ, o Orixá da justiça, do trovão e da pedreira.
Veste-se de vermelho e branco. Usa uma coroa, e traz o Oxé (machado duplo) e o
Xerê (instrumento musical) Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é
"Kawó-Kabyesilé !". Seus filhos são pessoas fisicamente fortes, atrevidos
e prepotentes. Com um senso de justiça muito próprio, não suportam desaforos.
As vezes agem como se fossem os donos da verdade. Porém, quando a situação
complica, sempre buscam um meio termo, para não sair perdendo.
OXOSSI, Orixá caçador, protetor das matas, dos
animais da floresta e dos caçadores. Veste-se de verde, azul turquesa e
vermelho. Traz sempre o seu Ofá (arco e flexa). Seu dia é a Quinta-feira e sua
saudação é "Okê Arô Oxossi !" Seus filhos, são pessoas muito
exigentes no cumprimento das obrigações, de atitudes firmes e até um pouco
duras. Não têm "papas na língua" e costumam falar tudo o que pensam.
Dão muito valor aos acordos e não faltam com sua palavra. Com tendência à
timidez, não gostam de demonstrar suas emoções.
OSSAIM, Orixá das ervas medicinais e das plantas em
geral, presentes em todos os rituais de iniciação no Candomblé. É representado
por um pássaro pousado num ramo e seu domínio é a mata virgem. Veste-se de
verde e rosa. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é "Ewé ô - Ewe assá
!". Seus filhos, são pessoas com forte tendência à religiosidade,
tolerantes e de bom coração. De personalidade instável, costumam controlar seus
sentimentos e emoções. Valorizam a liberdade e não se apegam aos bems
materiais.
IANSÃ, é a deusa guerreira,
senhora dos ventos, das tempestades e dona dos raios. É a dona dos eguns, por
isso seus filhos são os mais indicados para a entrega de ebós. É a mulher
principal de Xangô. Veste-se de vermelho, marrom escuro, e branco. Seu dia é
sesta-feira e sua saudação é "Eparrei Oiá !". Seus filhos, são
pessoas alegres, audaciosas, intrigantes, autoritárias e sensuais. Adoram usar
joias e bijuterias. Extrovertidas, francas e amantes da natureza. Ambiciosas e
de temperamento forte. São guerreiras e comunicativas.
NANÃ, é o Orixá feminino mais velho do Panteão. É a
mãe de Oxumarê e Obaluaiê. Em sua mão traz seu cetro o Ibiri. Veste-se de
lilás, branco e azul. É a protetora dos doentes desenganados. Seu dia é sesta-feira
e sua saudação é "Salubá !" Seus filhos são conservadores e apegados
às convenções. Calmos, mas às vezes tornan-se agressivos e guerreiros. As mães,
são apegadas aos filhos e muito protetoras. Ciumentas e possessivas, exigem
atenção e respeito. Não costumam ser muito alegres e não gostam de
brincadeiras.
IEMANJÁ, Orixá da harmonia
em família, é considerada a Rainha dos mares e a mãe dos Orixás. Veste-se de
azul e branco ou verde claro, portando seu Abebê (espelho-leque)decorado com
uma sereia ou uma concha. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Odô iyá !"
Seus filhos, são autoritários, persistentes, preocupados, responsáveis e
decididos. Amigos, protetores, faladores e não suportam a solidão. As mulheres,
se comportam como super mães. Quando a segurança dos filhos e da família está
em jogo, são agressivos e até traiçoeiros.
EXU, Senhor dos caminhos, Orixá mensageiro e vencedor
de demandas. Por estar mais próximo da realidade humana é considerado o Orixá
das causas materiais. Veste-se de vermelho e preto e seu elemento é o fogo. Seu
dia é a terça-feira e sua saudação é "Laroiê !". Seus filhos são
pessoas críticas e originais, não ligam para opiniões alheias. Adeptos da lei
do menor esforço, preferem concentrar suas energias no lazer. De hábitos
noturnos, tendem a ser egoistas e tornam-se tristes quando não se encaixam em
determinados ambientes.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
O QUE É ESPIRITUALIDADE?
Espiritualidade não é uma religião,
não é uma doutrina, não é o sacerdócio, não é uma crença e nem uma opinião.
Espiritualidade é um modo de vida, é
um estado de espírito, é uma abertura mental, é uma aspiração à transcendência.
Espiritualidade é sentir arder uma
chama interior que ilumina nosso caminho no caos e nas trevas que vivemos no
mundo.
Espiritualidade é a confiança
expressa nas palavras “Ainda que eu ande pelo vale da sombra e da morte, nada
temerei.”
Espiritualidade é entender que somos
como crianças tomando uma vacina, que machuca muito na hora, negamos, gritamos
e esperneamos, mas que depois imuniza nosso espírito.
Espiritualidade é ir além, é a
consciência de que a vida não se encerra na morte, de que é preciso haver continuidade
dentro da descontinuidade. De que tudo que começa, termina; tudo que nasce,
morre; tudo que vai, volta. De que para cada problema há uma solução, para cada
lágrima derramada há sempre um consolo e para cada perda há sempre um ganho.
Espiritualidade é reconhecer um
propósito em todas as coisas, e recusar a existência da sorte, do azar e do
acaso. É ter paciência e confiar que, um dia, o significado de tudo será
desvendado.
Espiritualidade é dar de si mesmo, é
renunciar ao pequeno para obter algo maior, é abdicar de nossas pequenas posses
para ganhar tudo o que sempre nos pertenceu. É fazer das florestas do mundo
nosso jardim, é fazer do céu o nosso teto, é fazer dos mares e rios a nossa
piscina, é fazer da Terra a nossa casa. É cuidar do tudo, de cada ser e coisa,
e não apenas de nossos escassos bens terrenos.
Espiritualidade é ver por dentro, é
não se deixar levar pelas aparências, é reconhecer o essencial em cada mínimo
aspecto da vida, é satisfazer-se com pouco para obter muito, é rasgar o véu da
ilusão e desejar entender o mistério da vida.
Espiritualidade é pedir pouco e
agradecer muito. É dar muito e nada pedir em troca. É fazer sem esperar
retribuições. É perdoar, é arrepender-se, é refazer, é renovar, é reaprender a
ver o mundo e a si mesmo.
Espiritualidade é fazer do seu
professor o lírio do campo, as árvores ao vento, a tempestade nebulosa, o
orvalho numa flor, a borboleta esvoaçando, o rio fluindo, os pássaros cantando.
É aprender com a mais insignificante criatura.
Espiritualidade é deixar o humano
morrer para o divino nascer. É trazer o céu para a Terra. É viver na Terra o
céu que desejamos após a morte. É debruçar-se no inferno resgatando as almas
perdidas e errantes. É ser uma luz no meio da escuridão.
Espiritualidade é dormir quando se
tem sono, é comer quando se tem fome, é olhar a montanha e ver a montanha, é
molhar as mãos no rio e sentir o frescor das águas, é ver aquilo que está ali,
é não intelectualizar tudo, é sentir a essência das coisas e mergulhar na
essência da vida.
Espiritualidade é estender a mão aos
que sofrem, é dar conforto aos que choram, é dar abrigo aos sem teto, é dar
conselhos aqueles que se perderam, é esclarecer aqueles que têm dúvidas, é dar
de si mesmo em prol de todos, é fazer o bem pelo bem, é morrer pela verdade
para renascer na plenitude.
Espiritualidade é dispensar as
palavras e os discursos fúteis e navegar nas paragens do silêncio interior. É
aprender a ouvir a vida, a ouvir a si mesmo, a diminuir a corrente dos
pensamentos, é tranquilizar o turbilhão das emoções, é fazer circular as
energias, é deixar tudo fluir.
Espiritualidade é viver na
simplicidade, naturalidade e na espontaneidade. É libertar-se de tudo o que é
passageiro, perecível, transitório. É mergulhar na vida sem medo, sem travas,
sem amarras, sem correntes, sem bloqueios. É viver, e apenas viver, sentindo a
vida como ela é. É não precisar de nada, não depender de coisa alguma, não se
deixar influenciar pelas marés agitadas da confusão.
Espiritualidade é libertação, é
humildade, é fé, é amor e é esperança.
Autor: Hugo Lapa
quarta-feira, 10 de julho de 2013
HINO DA UMBANDA
Refletiu a luz divina
com todo seu esplendor
é do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para todos iluminar
A Umbanda é paz e amor
É um mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.
Avante, filhos de fé,
Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá!
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá!
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